Judaísmo na África
Os chamados beta israel são também conhecidos por falashas – termo do idioma etíope ghiz que significa estrangeiro. Pertencem a uma das comunidades de judeus negros espalhadas pelo continente africano. Há também os lembas em Zimbábue e na África do Sul, os igbos, na Nigéria, e os ybir ou yeber, na Somália, além de outras tribos em Moçambique, Camarões, Costa do Marfim, Gana e Quênia. Eles já eram conhecidos dos judeus europeus desde o século 19, quando missionários britânicos que viajavam pela Etiópia encontraram as primeiras tribos. Em 1947, foram oficialmente reconhecidos pelos rabinos-chefes de Israel, antes mesmo de o país ganhar sua independência. “Muitos nunca haviam saído de seus vilarejos e se espantaram ao ver um judeu branco”, diz Cecília Ben David, professora de cultura judaica da Casa de Cultura de Israel, em São Paulo.
A origem dos judeus negros não está clara e se mistura com a mitologia bíblica. A família real etíope, deposta pelos revolucionários em 1974, dizia-se descendente de Makeda, a rainha de Sabá, com o rei Salomão, de Israel (que na Bíblia aparecem conduzindo relações meramente diplomáticas). Os nobres etíopes se converteram ao cristianismo no século 4 d.C., enquanto os beta israel se diziam remanescentes dessa relação entre realezas.
Nos Estados Unidos há judeus negros que migraram na 2ª Guerra. Não há registros de tribos no Brasil, mas eles provavelmente foram trazidos para cá durante a escravidão. “Tantos cristãos-novos (judeus convertidos) de Portugal foram parar em alto mar após as perseguições da Inquisição que é provável que muitos tenham chegado aqui, assim como em Guiné, Congo e Angola, onde era menor o alcance inquisitorial”, diz Glasman.
Por: Talita Azevedo Barboza Nº 40 3º B
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